O sargento Roger Dias, que é pai de um bebê recém-nascido, serviu na Polícia Militar por aproximadamente uma década.
A confirmação da morte do sargento Roger Dias da Cunha foi anunciada neste domingo (7), dois dias após o incidente. A Polícia Militar de Minas Gerais usou as redes sociais para expressar pesar pela perda do militar. Em uma nota assinada pelo comandante-geral da PM, Rodrigo Piassi do Nascimento, a corporação transmitiu condolências e ressentimento à família, amigos e colegas de trabalho.
Entenda o caso
A major Layla Brunella, porta-voz da PM mineira, informou que Roger foi atingido por dois disparos na cabeça no dia 05/01, com projéteis alojados no cérebro, sem possibilidade de remoção. Além disso, um disparo atingiu uma artéria na perna, causando hemorragia, que foi contida após cirurgia. O estado de saúde do militar era considerado gravíssimo.
O autor dos disparos é um criminoso reincidente, com 18 registros na Polícia Militar por diversos crimes, incluindo roubo, tráfico e homicídios. Estava foragido, sendo alvo de um mandado de prisão por não retornar ao sistema prisional após saída temporária de Natal.
O segundo suspeito envolvido no crime tem 15 passagens pela polícia, incluindo homicídios, roubo e tráfico, estando em liberdade condicional. Ambos foram presos em flagrante pela Polícia Civil, que ratificou a prisão e aguarda decisão judicial. O caso está em investigação.
O crime ocorreu quando militares do 13º BPM patrulhavam a região e receberam denúncias sobre dois indivíduos armados em um veículo roubado. Durante a perseguição, o sargento Dias foi atingido por disparos à queima-roupa. O segundo suspeito foi capturado posteriormente após tentar fugir pelos telhados da região.
Saidinha
O suspeito, de 25 anos, responsável por disparar à queima-roupa contra o sargento da Polícia Militar Roger Dias da Cunha, de 29 anos, estava usufruindo de uma liberação temporária do Presídio Antônio Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde cumpria pena desde agosto. A chamada “saidinha”, uma saída temporária, é um benefício previsto na Lei de Execuções Penais (Lei 7.210/1984) para detentos em regime semiaberto.
