Ministro de Lula usa R$ 18,5 mil públicos em viagem de Carnaval

Fonte: Manchete com informações do Uol

Márcio Macêdo (PT)- Foto: Divulgação

O Ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo (PT), está no centro de uma polêmica ao usar dinheiro público para custear a viagem de três servidores a Aracaju, onde ocorreu uma festa de Carnaval fora de época no final do ano passado. Entre os servidores beneficiados, estava um fotógrafo oficial da Presidência encarregado de documentar a participação de Macêdo na folia.

A viagem, realizada entre os dias 3 e 5 de novembro, foi justificada pela Secretaria-Geral como uma visita a uma ONG localizada em um município vizinho a Aracaju, embora não haja registro oficial da agenda do ministro nesse período. Macêdo também não compartilhou informações sobre essa suposta visita em suas redes sociais, ao mesmo tempo em que postou 28 imagens e um vídeo da celebração carnavalesca. Vale ressaltar que Aracaju é o reduto eleitoral de Macêdo.

Em resposta às alegações, a Secretaria-Geral da Presidência da República afirmou que abrirá uma sindicância para investigar o caso. O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (MPTCU) também solicitou ao TCU que apure se os recursos foram utilizados de forma irregular.

Os três servidores beneficiados tiveram suas passagens e diárias custeadas pelo próprio ministro de Lula, totalizando R$ 18.559,27 em despesas para os cofres públicos. Bruno Fernandes da Silva, o fotógrafo responsável pela documentação da agenda particular, recebeu R$ 3.656 em diárias, enquanto Yuri Darlon Góis de Almeida e Tereza Raquel Gonçalves Ferreira, respectivamente assessor e gerente de projetos, também foram contemplados com parte desse montante.

O Instituto Renascer Para A Vida, onde supostamente ocorreu a agenda de Macêdo, está localizado em Nossa Senhora do Socorro, cidade vizinha a Aracaju, e atua na defesa de direitos sociais. Tentativas de contato com a associação, por meio dos números fornecidos pela Receita Federal, foram infrutíferas.

O MPTCU, em sua atuação, solicitou ao presidente do TCU, ministro Bruno Dantas, a investigação sobre o uso de recursos públicos para custear as passagens dos funcionários nessa viagem questionável. A celebração carnavalesca, financiada pelo erário, teria resultado na exoneração da secretária-executiva de Macêdo, que se opôs à aprovação da participação dos servidores e foi destituída do cargo em 9 de janeiro.

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