MP solicita que vereadores do interior de SP deixem de utilizar a expressão “sob a proteção de Deus”

Fonte: Manchete com informações de CNN Brasil

Imagem meramente ilustrativa da câmara – Foto: Vinicius Loures

Câmara Municipal de São José do Rio Preto é questionada por utilização de expressão religiosa na abertura de sessões legislativas

O procurador-geral de Justiça, Mário Luiz Sarrubbo, moveu um pedido na última quinta-feira (23) contestando o uso da expressão “sob a proteção de Deus” na abertura das sessões legislativas do município. Segundo Sarrubbo, essa prática viola a laicidade estatal, sendo incompatível com os princípios de igualdade, finalidade e interesse público.

No documento, obtido pela CNN, o procurador argumenta que não é da competência do Poder Legislativo favorecer uma religião específica, destacando que a obrigatoriedade de invocar a proteção de Deus ao abrir as sessões legislativas é uma afronta à laicidade estatal.

Sarrubbo enfatiza a necessidade de o Estado manter-se neutro, sem associação a qualquer religião, em respeito à diversidade de crenças e àqueles que não têm fé. Além disso, ele alega que o uso da expressão compromete o princípio constitucional da isonomia ao privilegiar certas crenças em detrimento de outras, como a judaica e muçulmana.

Em resposta, a Câmara Municipal de São José do Rio Preto, que utiliza a expressão desde a década de 1960, afirma que as palavras “sob a proteção de Deus” não privilegiam uma religião específica. Alegam que a mesma expressão está presente nos regimentos da Alesp, Câmara dos Deputados e Senado Federal, justificando a posição pela improcedência da ação.

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