Aumento de 50% nas mortes de Yanomâmis em 2023

Fonte: Manchete com informações do Gazeta do Povo

O número de óbitos entre os yanomâmis em 2023 foi apenas menor que o registrado em 2020, o ano inicial da pandemia de covid-19 –  Foto: Sam Valadi

Além disso, o relatório ressalta que 53% dos óbitos registrados até setembro de 2023 eram de crianças até 4 anos de idade. Nesse período, foram observadas 215 mortes de yanomamis por diversas causas, superando os números de todo o ano anterior.

As justificativas apresentadas pelo governo para a alteração na periodicidade dos boletins, passando de semanais para mensais, mencionam a fase avançada da “emergência Yanomâmi” e a adoção do padrão da Organização Mundial da Saúde (OMS). No entanto, a mudança ocorreu em um contexto de aumento expressivo nas mortes indígenas.

O posicionamento do Ministério da Saúde, ao apresentar números discrepantes, levanta questões sobre a transparência e a consistência das informações. A divergência entre os dados da Sesai e do Siasi, órgão pertencente ao mesmo Ministério, evidencia a necessidade de uma abordagem mais rigorosa e unificada na coleta e divulgação dessas estatísticas sensíveis.

A situação demanda uma análise crítica das políticas e ações adotadas pelo governo em relação à saúde indígena, especialmente diante do aumento significativo de óbitos, principalmente entre as crianças. A priorização do acesso a cuidados de saúde e a implementação de medidas eficazes tornam-se imperativas para reverter esse preocupante cenário e garantir a preservação da vida e do bem-estar dessa comunidade.

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