Ministro das Finanças afirma que o caso de genocídio da África do Sul contra Israel recebe “apoio global”

Fonte: Mamchete com informações do portal CNBC

Ronald Lamola, o Ministro da Justiça da África do Sul, discursa para a imprensa durante uma audiência no Tribunal Internacional de Justiça (CIJ). Neste dia, o CIJ está analisando um pedido de medidas de emergência da África do Sul. O país solicitou que o tribunal ordenasse a Israel a interrupção de suas ações militares em Gaza, alegando atos genocidas contra os palestinos durante o conflito com o Hamas. A audiência ocorreu em Haia, Holanda, em 11 de janeiro de 2024 – Foto: Thilo Schmuelgen | Reuters

O Ministro das Finanças da África do Sul, Enoch Godongwana, afirmou à CNBC na segunda-feira que o processo legal acusando Israel de genocídio contra os palestinos em Gaza conta com apoio global. Durante uma audiência de dois dias no Tribunal Internacional de Justiça em Haia, advogados sul-africanos argumentaram que os bombardeamentos israelenses em Gaza equivaliam a genocídio. Godongwana, no Fórum Econômico Mundial em Davos, destacou que a África do Sul recorreu a uma instituição da ONU para resolver litígios entre nações.

O ministro reiterou que, embora a África do Sul concordasse que Israel deveria responder aos ataques do Hamas, a resposta foi considerada “desproporcional”, resultando em um grande número de vítimas civis. Países como Turquia, Jordânia, Brasil, Colômbia, Bolívia, Paquistão e Malásia, juntamente com a Organização de Cooperação Islâmica, expressaram publicamente apoio à candidatura sul-africana.

Israel negou veementemente as acusações, argumentando que estava se defendendo contra ataques terroristas do Hamas. O ex-embaixador no Reino Unido e conselheiro sênior de Benjamin Netanyahu, Mark Regev, classificou as alegações de genocídio como “ridículas, ofensivas e erradas”. Os EUA e o Reino Unido também criticaram o caso, chamando as alegações de “absurdas”.

O processo, baseado na Convenção do Genocídio, acusa Israel de cometer atos genocidas, incluindo assassinatos, danos físicos e mentais, e imposição de condições destinadas a destruir parte do grupo palestino. A África do Sul também acusa Israel de não prevenir ou punir incitamentos diretos e públicos ao genocídio por parte de autoridades israelenses.

O caso provavelmente se estenderá por vários anos, considerando casos anteriores sob a Convenção do Genocídio. Atualmente, o tribunal está avaliando o pedido de medidas provisórias da África do Sul, incluindo a possibilidade de ordenar a suspensão das operações militares de Israel em Gaza.

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